Em Alagoas o setor de serviços, segundo dados do IBGE, corresponde a 60,7% da economia, boa parte apoiada nas atrações do turismo. A indústria responde por 30,9%. Apesar de ser um estado conhecido pelas grandes plantações de cana destinadas à agroindústria do açúcar e do álcool, a agropecuária responde por 8,4% da economia.
Pobre e de baixa mecanização, a indústria sucro-alcooleira depende das grandes plantações de cana-de-açúcar, que se estendem do litoral à Zona da Mata. O maior produtor de cana do Nordeste, com cerca de 28 milhões de toneladas, Alagoas só fica atrás de São Paulo no ranking nacional. Quase 90% da exportação do estado sai dos canaviais, 75% em açúcar, 17% em etileno. Além da cana-de-açúcar, sobressai a produção de fumo, coco, algodão, arroz, feijão, milho, mandioca, mangaba, laranja, abacaxi, banana e leite.
MINÉRIOS
Com uma produção de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural, dissociado do petróleo, por dia, Alagoas abastece por meio de gasodutos os Estados da Bahia, Sergipe e Pernambuco. Para o consumo interno, o gás é destinado à Indústria Química Braskem e ao abastecimento residencial na Capital, além da comercialização para o abastecimento veicular em Maceió e nas cidades com população acima de 50 mil habitantes.
Alagoas também possui a jazida de sal-gema com o maior teor de pureza entre as seis jazidas detectadas no país com valor comercial.
Extraída em minas localizadas a mil metros de profundidade na área de mangue em torno da Lagoa do Mundaú, que banha Maceió, o sal-gema é conduzido através de dutos subterrâneos para a unidade beneficiadora da Braskem, localizada no Pontal da Barra, à margem do Oceano Atlântico e onde, depois de beneficiada, é transportada por navios para o mercado externo e interno.Depois de beneficiado, o sal-gema se decompõe em Cloro, Hidrogênio e Soda Cáustica. Misturado ao Eteno, o Cloro produz o PVC ( Policloreto de Vinila ) e o MVC ( Monocloreto de Vinila ) que já estão sendo beneficiados em Alagoas e exportados como matéria-prima para a fabricação de plásticos leves ( MVC ) e resistentes (PVC).
AÇÚCAR E ÁLCOOL
Embora possua solo propício à produção da cana-de-açúcar, o que permite manter Alagoas como o segundo maior produtor do país, a geografia tem limitado a expansão comercial devido ao encarecimento do custo com a mão-de-obra empregada no corte da cana. Isto levou à retração do plantio, mas, ainda assim, não reduziu a importância de Alagoas como produtor da matéria-prima e de derivados ( açúcar e álcool ).
O principal suporte de apoio à industria canavieira é a Universidade Federal de Alagoas, que herdou toda a estrutura montada pelo extinto Instituto do Açúcar e do Álcool ( IAA ) e, em função disso, tem conseguido resultados bastantes promissores nas pesquisas de melhoramento da cana-de-açúcar que é beneficiada em todo o país, e especialmente, em São Paulo. Trata-se da modalidade de cana conhecida como BR, que tem teor de sacarose elevado e é mais resistente às pragas.
Alagoas produz petróleo e gás natural. Também se destacam o pólo cloroquímico, a produção de alimentos, de tecidos e de vestuário.
Trigo e fertilizantes são os principais produtos importados. Mas o estado de Alagoas ainda é pobre, com renda per capita de 2.275 reais, menos da metade da média do país.
